Na manhã desta Quinta feira (11), a ACO revelou em Le Mans os futuros regulamentos das classes GTE para 2016 e LMP2 para 2017, bem como divulgou o aumento no número de carros para os próximos anos e os novos integrantes da garagem 56
Regulamentos para a classe GTE
Os novos carros terão um aumento de potencia de aproximadamente 20 cavalos e 15kg a menos de peso. Em números absolutos os carros ficariam 2 segundos mais rápidos por volta no circuito de Le Mans.
A utilização de restritores de ar para controlar a potencia serão utilizados para motores aspirados e com um maior controle sobre os modelos turbo. Como é sabido a união entre as classes GT3 e GTE não foi possível e os fabricantes terão que desenvolver carros específicos para ambas as séries.
Novas medidas de segurança devem ser adotadas. Para o expectador a mais visível será o “teto” removível para facilitar a remoção do piloto em caso de acidente. Os carros devem ser baseados em modelos de produção.
“A ideia da de desempenho é trazer os carros para um mesmo ritmo de potencia e desempenho”, disse o diretor de esportes da ACO Vincent Beaumesni. “Hoje, quando equilibramos carros diferentes como um Aston Martin e Ferrari, estes carros são tão diferentes que você precisa para dar mais potência e downforce para, a fim de fazer o mesmo tempo de volta.”
“Então, se você tiver mais força e mais downforce, o carro seria mais fácil de dirigir. Além disso, quando o tempo muda e a temperatura fica diferente, teremos carros com pesos diferentes pesos, e aerodinâmica que muda de uma pista para outra”.
“Toda a discussão sobre a BdP nunca vai acabar; Tenho certeza disso. Mas vamos ver que o carro vai ser muito igual em diversas circunstâncias. “
Sobre a possibilidade dos carros terem visuais mais agressivos lembrando os carros da classe GT1 foram descartados por Beaumensnil. “Não é preciso ir muito longe na aerodinâmica, porque eles têm que estar na janela de desempenho”, disse ele. “Se eles vierem com muito desempenho vamos remover.”
Os novos modelos farão uma bateria de testes no circuito de Ladaux em Setembro, para poderem competir nas 24 horas de Daytona em Janeiro de 2015. Os atuais carros tanto do WEC, ELMS e TUSC podem competir normalmente no próximo ano, mas na classe GTE-AM. Esses carros serão aceitos até 2018. A Asian LMS vai começar a receber os novos modelos em 2017, enquanto o TUSC não definiu a janela de mudanças.
Regulamentos para a classe LMP2
Para a classe LMP2 os boatos sobre apenas quatro construtores serem aceitos para 2017, foi confirmado pela entidade ACO. De acordo com Vincent Beaumesnil, as seleções finais serão anunciadas no próximo mês, a fim de dar tempo para os construtores acabaram seus projetos para apresentar a entidade.
“Temos várias sessões de trabalho na próxima semana”, disse Beaumesnil .”Temos reuniões com a primeira seleção de fabricantes na semana seguinte e vamos anunciar os quatro construtore em meados de julho.”
“O momento é curto. Eu acho que quando você tem que construir um carro novo, com certeza, a data de julho, considerando todo o trabalho que tem sido feito e as reuniões, não podíamos fazer antes. Ainda estamos a tempo. O feedback dos fabricantes é bom. Mas nós definitivamente precisamos de carros homologados e prontos para correr até Dezembro de 2016 para estarem em Daytona.”
Sobre a escolha do fabricante de motores vai começar em Julho, para serem anunciados em Setembro. O novo regulamento que vai durar até 2020 deve dar aos novos LMP2 cerca de 150 cavalos de potência, o que equivale a quatro segundos a menos por tempo de volta em Le Mans. Outro ponto é que cada equipe poderá dar nomes ao motor, o que pode ser útil no quesito patrocínio. O peso mínimo do carro permanecerá em 900 kg, mas contará com monocoques LMP1-spec com medida de segurança adicional.
“Vamos ter um carro melhor, com melhor desempenho, maior confiabilidade, menores exigências em termos de manutenção, melhoria da segurança, e todos por um custo reduzido”, disse Beaumesnil. “Eu não estou falando sobre o preço de venda do carro, porque ele vai ser aumentada [a partir de 385.000 para 480.000 Euros], mas os custos anuais globais devem ser reduzidas.”
“O preço das peças de reposição, o que é a maior parte do orçamento para as equipes, será reduzida. Haverá melhor manutenção dos quatro fabricantes. Eles têm um modelo de negócio melhor. Eles podem trazer mais serviço e peças de reposição nos fins de semana de corrida.”
Assim os novos carros serão aceitos no WEC, ELMS e Asian LMS. A IMSA que organiza o TUSC ainda não definiu sua estratégia para a classe. Conforme anunciado anteriormente, no TUSC não terá limitação tanto de chassi, quanto de motores. Assim as equipes podem competir no WEC ou em Le Mans sem grandes custos, mas com o desenho orginal do carro. Para o TUSC poderão ser usadas “bolhas” imitando carros de produção como os DP Corvette.
Os atuais LMP2 serão aceitos até 2017 no WEC e e 2018 no ELMS e Asian LMS.
Equipes para a Garagem 56 de 2016 e 2017 são confirmadas
Ainda durante a coletiva de imprensa em Le Mans, a ACO revelou as equipes que irão participar da Garagem 56, projeto que visa a divulgação de energias alternativas para carros de corrida.
Para 2016 a equipe escolhida foi Sausset Racing que deve competir com um chassi Morgan LMP2. Já em 2017 a Welter Racing deve desenvolver um protótipo movido a Biogás.
O protótipo terá uma potencia de 450 cv, motor de 1.6 litros de 3 cilindros e vai usar o biogás. “Nós já construímos o monocoque e estão atualmente trabalhando no motor e todas as outras peças técnicas”, disse Gerard Welter. “Nosso objetivo é participar nas 24 Horas de Le Mans em 2017.”
A ACO acrescentou que o carro deve consumir 1.500 m3 de metano durante as 24 horas o que é igual a quantidade de resíduos tratados de cerca de 160.000 pessoas por dia. As instalações do evento Le Mans geram biometano suficiente para alimentar dois carros.
60 carros para Le Mans 2017
A ACO também confirmou que serão construídos novas áreas para abrigar novos carros, assim as 24 horas de Le Mans de 2017 terão a capacidade de receber 60 carros. De acordo com o diretor esportivo ACO Vincent Beaumesnil, o aumento visa permitir projetos de realocação no circuito.
“Nós vamos construir as quatro garagens, mas precisamos de tempo para mover a área de verificações para outro lugar. Ele vai para o local aonde está o atual centro médico. Então, precisamos construir um novo centro médico. E esse local não está disponível no momento.”