Quando o cliente tem razão
Os rumos da classe GT3 surgiram pela necessidade dos clientes mais abonados de terem aonde investir seus dólares e euros. Com o crescimento e principalmente a profissionalização da GT1 com pilotos profissionais e carros chegando aos 700 mil euros no caso do Maserati MC12 e os custos da GT2 indo para o mesmo caminho a FIA e os construtores viram a necessidade de investir em um novo nicho aonde pessoas normais e com muito dinheiro podiam comprar carros e disputar corridas em circuitos e com toda a segurança necessária.
Assim em 2006 a FIA junto com a SRO promotora da FIAGT criou a GT3 European Championship. Campeonato que era uma corrida preliminar da classe principal. Modelos como Aston Martin DBRS9, Lamborghini Gallardo, Ferraro F430 Challenge, Corvette CR6 e Maserati Grand Sport eram a opção para quem queria começar no mundo dos carros de turismo. Desse embrião surgiram equipes que “subiram” de nível como AF Corse, Larbre Competition, BMS Scuderia Itália e JMB Racing.
A primeira corrida em Silverstone teve mais de 40 carros e um nivel de pilotagem acima das expectativas. O formato com duas corridas de 1 hora com a segunda tendo o grid invertido deu mais emoção a disputa. Em seu primeiro ano foram 5 etapas nos principais circuitos europeus
Para 2007 e 2008 alguns modelos como Maserati acabaram saindo da disputa por não serem competitivos e outros modelos de renome como Ford Mustang FR500 GT chegaram para dominar as corridas. A Porsche vendo que estava perdendo terreno lançou o 997 GT3 Cup S tendo feito sucesso imediato. Com o sucesso vários campeonatos regionais começaram a surgir na Itália, Alemanha e Brasil. Assim o mercado teve um boom com a venda dos modelos em vários países.
Em 2009 outro fabricante entrou na disputa a Audi com seu competente R8 que já faturou o campeonato em seu ano de estreia. Também marcou a chegada do Alpina B6 modelo criado pela BMW enquanto o modelo Z4 também se mostrou forte. A Porsche atualizou o 997 bem como uma nova versão do Morgan com seu modelo Aero. Para o ano que vem é esperado uma versão da Ferrari F458 e Mercedes SLS AMG e o Mustang VDS
Os fatores que deixam a categoria super competitiva é que modelos mais potentes e mais fracos terem condições de ganhar pois usam apêndices aerodinâmicos bem como lastro para os primeiros. As grandes dificuldades apontadas é o preço de alguns carros, seu desempenho e principalmente fragilidade em corridas longas como 12 ou 24 horas e o mais importante o nível técnico dos pilotos “amadores” que por muitas vezes é pequena ou nula. Pensando assim vem aquele famoso slogan da Pirelli “Potencia não é nada sem controle”.