E finalmente a F1 desembarca no Brasil. Toda aquela agitação equipes indo e vindo e os “torcedores” altamente entendidos do assunto contanto as horas para os motores começaram a fazer sua música.
Mas vem ano, vai ano e a cobertura jornalista se resume as mesmas pautas insonsas que até o mais desenformado torcedor já enjoou. Na TV matérias como primeiro ronco dos motores, pilotos passeando pela pista ou visitando alguma obra assistencial. No domingo matérias mostrando o funcionamento do carro e é claro o “camarote” da globo com atores e convidados que falam da emoção de estar no autódromo, e é claro a chegada dos “torcedores” de todas as partes do Brasil com suas camisas de times de futebol, alegorias nordestinas falando da paixão pelo esporte.
Outros exemplos são de crianças que vão pela primeira vez a Interlagos, entrevistas com Emerson, Piquet, alguma homenagem a Senna (justa pena que só aparecem durante o final de semana da corrida) e é claro uma boa volta virtual por Interlagos usando um simulador (O do ano passado era o Rfactor).
Será que F1 é apenas essa coisa superficial? Ou dá para criar em cima com novas ideias? Ou melhor, é apenas durante o final de semana que se deve explorar isso?
Acredito que assim como o futebol que tem matérias e mais matérias todos os dias, muitas vezes não mostrando nada ou mostrando o que o jogador come, veste poderia ter algo similar na F1. Filmes entrevistas com ex-pilotos e a rica história que a categoria tem. A Globo que detém infelizmente a exclusividade da transmissão e direitos de imagem poderia investir nos seus canais pagos como o SporTV e mostrar materiais sobre a categoria (quem não lembra do motorsports gold?). Mas o que passa é apenas um VT meio que obrigatório no domingo à noite.
Então estejam preparados, e aproveitem, pois F1 assim só veremos semana que vem já que na segunda já é outra história.