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Endurance tratado a sério!
Qual a expectativa do TUSC para 2015?
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 Estava a algum tempo querendo falar sobre a primeira temporada do TUSC. Como tudo na vida o primeiro ano de qualquer coisa é na verdade um grande aprendizado, mas o que se viu nesta primeira temporada foi uma sucessão de erros e favorecimentos.O TUSC foi à fusão da ALMS com a Grand-Am, que é controlada pela NASCAR. Nunca cheguei a ver graça naquelas corridas e provavelmente este foi o grande motivo para a NASCAR comprar a IMSA e fundir as duas séries.

De um lado o melhor do endurance europeu, com várias equipes de fábrica na classe GTE e boas equipes de protótipos. Mesmo com poucos carros que chegaram a ter apenas 3 em algumas etapas da ALMS em 2013, o pega entre a Muscle Milk e a Dyson Racing foram épicos em quase todas as provas.

Do outro lado a Rolex, com seus pesados modelos DP, tecnologicamente atrasados, e pouca representatividade entre os modelos GT3. O único atrativo sem dúvida sempre foram às 24 horas de Daytona, mas faltava alguma coisa, e foi ai que a ALMS acabou entrando e se perdendo no meio da politicagem.

Assim que o anuncio da fusão foi feito, se perguntava como seriam a equivalência entre modelos DP e LMP2, estes últimos infinitamente mais rápidos e avançados. Muito se falou que seria uma equivalência justa para ambos os lados, mas era evidente que os DPs seriam privilegiados, até por que não teria cabimento para a IMSA ver um “Le Mans Prototype” vencer às 24 horas de Daytona.

Já nos testes oficias e nas primeiras provas do campeonato o que se viu foi uma superioridade maquiada dos modelos DP. Todo e qualquer arreio foi imposto para as equipes LMP2 e as reclamações só aumentavam a medida que o campeonato prosseguia. As principais equipes com modelos LMP2, Muscle Milk, OAK Racing e ESM se viram em uma segunda divisão dentro da classe P, e não demorou muito para uma debandada. Em primeiro foi a Muscle Milk que tinha comprado um Oreca 03 e acabou desistindo de competir depois que a companhia dos leites foi vendida.

Outra que acabou sendo contaminada pelo espírito de Le Mans, foi a ESM que leva o nome de um dos principais patrocinadores do campeonato, mas que se debandou para os lados do WEC. Por último a OAK Racing que já anunciou que não sabe se volta para os EUA, mesmo tendo vencido corridas com seu Morgan.

Assim grandes pilotos ficaram proibidos de lutarem pelo campeonato no qual venceu Christian Fittipaldi e João Barbosa. Não que a dupla luso-brasileira não merecesse o título, pois foram combativos durante toda a temporada, mas faltou algo. Porém a luz no fim do túnel parece ser favorável aos modelos LMP2. Com as novas regras e uma nova geração de LMP2 está sendo esperada para 2016/2017, a IMSA teve a decisão acertada de abolir os pesados DP.

A NASCAR tentou pleitear junto os fabricantes um LMP2 exclusivo para os EUA, todos idênticos, nos mesmos moldes dos atuais DPs, mas recebeu um grande e sonoro não. O LMP2 que competir nos EUA pode competir no ELMS, Asian LMS e é claro Le Mans. Assim nos próximos anos veremos novamente uma versão 2.0 da ALMS com uma possível classe LMP3, que já começa a rodar ano que vem na Europa e Ásia.

Para 2015 as coisas serão o “mais do mesmo”, algo muito parecido do que foi este primeiro ano de TUSC, porém sem grandes equipes que perderam o gosto pelo certame.

O site Sportcar365.com fez um levantamento e atualizou os planos de algumas equipes para o próximo ano. Abaixo um resumo por equipe.

Equipes classe P.

Action Express Racing: Campeões deste ano João Barbosa e Christian Fittipaldi voltam na busca de mais um título. A equipe planeja a adição de mais um Corvette DP, patrociando pela Whelen e em parceria com a Marsh Racing. Dane Cameron, campeão da classe GTD com o BMW da Turner Motorsport foi confirmado bem como Eric Curran.

Wayne Taylor Racing: A equipe dos irmãos Taylor segue inalterada para o próximo ano. O dinheiro vai continuar a ser fornecido pela Konica Minotta. Para as provas da Copa Patron Max Angelelli deve ser o terceiro piloto.

Spirit of Daytona Racing: Equipe também deve permanecer inalterada. Assim Richard Westbrook e Michael Valiante voltam com o Corvette DP.

Chip Ganassi Racing: Uma das principais equipes do campeonato, deve seguir inalterada com seu Ford EcoBoost Riley. Os piltos Scott Pruett e Memo Rojas devem alinhar em todo campeonato.

Speedsource: A equipe pagou este ano pelo desenvolvimento do seu motor diesel turbo o Skyactiv-D. Por diversas vezes foi mais lenta que os carros da classe GTLM. Vai continuar com seus dois belos Lola B12/80 durante toda a temporada. Entre os pilotos Jonathan Bomarito é a contratação da vez. Tom Long, Sylvain Tremblay, Tristan Nunez e Joel Miller continuam na equipe. Bem Devlin foi confirmado apenas para as provas longas.

DeltaWing: “Patinho feio” do certame o carro deve alinhar apenas em provas específicas. Andy Meyrick que também e piloto da Bentley deve participar de eventos com os dois carros.

Michael Shank Racing: Foi uma das primeiras equipes a comprar o novo Ligier JS P2, e deve correr somente a partir das 12 horas de Sebring. O motor escolhido foi o Ford EcoBoost com uma redução de cilindrada para 3.2 litros. Para a primeira etapa em Daytona o Riley DP será o carro da equipe. Oswaldo Negri já está confirmado na equipe e John Pew se junta ao time.

Extreme Speed Motorsports: Já anunciou sua participação no WEC e apenas nas provas longas do TUSC, Daytona, Sebring, Glen e Petir Le Mans. São os primeiros a comprar os novos HPD ARX-04b, modelos fechados. Os pilotos continuam sendo Ryan Dalziel, Johannes Van Overbeek, Ed Brown e Scott Sharp.

Starworks Motorsport; Equipe almeja voltar à classe P. Para isso corre contra o tempo para angariar fundos para tal. Segundo informações de membros da equipe a compra de um HPD ARX-04b está nos planos. Além disso, o Riley DP será equipado com um motor BMW Dinan, já que o Honda que competiu em algumas provas deste ano, não foi aprovado.

8Star Motorsports: Os planos de comprar um HPD ARx-04b não deram certo. Assim o time volta a competir na classe PC. O corvette DP utilizado em 2013, já foi posto à venda.

OAK Racing: Deve se concentrar no WEC, e fazer apenas as provas longas do TUSC.

Krohn Racing: Primeira equipe a comprar um Ligier JS P2, fará apenas algumas provas do TUSC, e mira a participação em Le Mans. O carro é equipado com motor Judd HK. Tracy Krohn, dono da equipe volta ao volante do LMP2 com Nic Jonsson.

Rahel Latterman: Parceira da BMW na classe GTLM, as chances de também competir na classe P, são reais. Deve alinhar um Riley DP com motor BMW Dinan.

RG Racing: Equipe nova com sua base em Ohio comprou um Riley DP da Michael Shank Racing, e deve participar das provas longas. Os pilotos devem ser Mark Kvamme e Shane Lewis.

RSR Racing: A equipe dos irmãos Paul e John Gentilizzi luta para competir no ELMS ou WEC, como preparação para Le Mans. Bruno Junqueira está confirmado. De concreto mesmo apenas 1 carro na classe PC.

Equipes da classe PC

CORE Autosport: Campeões da classe em 2014 o time segue inalterado para o próximo ano. Colin Braun e Jonathan Bennett devem ficar juntos.

8Star Motorsports: Com duas vitórias na classe, deve manter o programa no TUSC. Com até dois LMPC, dependendo do orçamento.

Starworks Motorsprots: Deve manter um carro na classe PC, ou dois dependendo do dinheiro. O piloto Mirco Schultis, não volta para a equipe. Possíveis substitutos são Adam Merszon, Martin Fuentes e Mikhail Goikhberg.

BAR1 Motorsport: Deve alinhar dois carros durante toda a temporada.

PR1/Mathiasen Motorsports: Está na busca de um aporte financeiro além de procurar novos pilotos para uma temporada completa.

Performance Tech Motorsports: Jerome Mee, que competiu pela equipe em Petit Le Mans foi contratado, bem como David Ostella e James French.

JDC/Miller Motorsports: Está na busca de novos pilotos e deve alinhar para a temporada completa.

RSR Racing: Chris Cumming e Jack Hawksworth estão confirmados. Bruno Junqueira, se não for com a equipe para o WEC ou ELMs fica na classe PC.

 
* Fonte: Site Sportscar365.com / Foto: divulgação IMSA.

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