Plymouth Fury “Christine” vai a leilão nos EUA
4 de janeiro de 2020Homens e carros sempre tiveram um relacionamento íntimo. Para muitos, o carro faz as vezes de filho, esposa e amigos. Muitos ganham nomes, ceras de qualidade, tomam banho (mais do que deveriam) e ganham até cobertores?
Mas quando essa associação se torna “amor”, as coisas acabam ficando mais sérias. Assim como cachorros, que tem ciúmes de quem se aproxima de seus donos, carros podem ter atitudes mais extremas, bem mais extremas.
Este é o caso de Christine, o simpático, ou não, Plymouth Fury 1958, que nas mãos de Stephen King, se tornou uma máquina de matar.
O livro foi lançado nos EUA em 1983, mesmo ano da adaptação dirigida por John Carpenter, que escalou os atores Keith Gordon, John Stockwell, Alexandra Paul e Robert Prosky. A história gira em torno do carro e de Arnold “Arnie” Cunningham, um franzino adolescente que não era bom em esportes, tinha apenas um amigo e mesmo com os hormônio em ebulição, não tinha nenhum sucesso com as mulheres.
A vida de Arnie muda quando ele cruza com Christine, abandonada com uma placa de vende-se. Mesmo contra os argumentos do amigo Dennis, e dos próprios pais. A ligação entre ele e o carro já estava feita.
O antes recluso Arnei, se torna um homem prepotente e seguro, a ponto de namorar a menina mais bonita da escola, Leigh Cabot. O jovem Cunningham agora tem todas as armas para “enfrentar” quem sempre o provocava, uma arma de quatro rodas, vermelho intenso e muito, muito ciúme do seu dono. O filme arrecadou US$ 21 milhões em bilheteria.
O leilão
O Plymouth Fury que será leiloado é um dos 23 utilizados nas filmagens, já que Christine é destruída, incendiada e vira um cubo de metal. Além do modelo Fury, a produção do filme utilizou alguns Plymouth Belvedere e Savoy.
O leilão acontecerá no dia 10 deste mês, em Kissimmee, na Flórida. O carro é o único com documentação que comprova sua participação no filme, e inclui registro de propriedade da Polar Filmes e fotos ao lado do produtor Richard Kobritz. O exemplar foi utilizado em ambientes fechados.
Equipado com um V8 Wedge, com carburação dupla de quatro câmaras e admissão Offenhauser, Christine possui um câmbio automático, direção hidráulica e servofreio. O rádio capta apenas emissoras AM.
“Ela” foi totalmente restaurada e conta com um sugestivo adesivo colado no para-choque traseiro: “Watch out for me, I am pure evil, I am Christine”, em uma tradução livre: “Tomem cuidado comigo, eu sou o mal puro, eu sou Christine”.
O carro foi sorteado após o término das gravações, ao vivo durante o programa ‘Night Flight” do canal USA Network. Aproximadamente 40 mil pessoas participaram da promoção do canal.
Outras participações
Além do próprio filme, o Plymouth apareceu em outras produções baseadas na obra do mestre. Em “Olhos de Gato”, filme de 1985, Christine quase atropela um gato que estava sendo perseguido pelo simpático Cujo.
Ela aparece abandonada no “Campo do Medo” de 2019, baseado em um conto de King em parceria com Joel Hill.
A expectativa é de que o carro seja arrematado por valores entre US$ 300 mil a US$ 400 mil.
Só acho que o mestre deveria compra-la. Eu se fosse ele, e se tivesse o dinheiro que ele tem, certamente adicionaria esse mimo de colecionador às minhas posses. É criação dele! É como se fosse uma outra filha… hahahhaaa
O único problema é que Christine é muito, muito ciumenta!!!!