Ao contrário da F1, equipes saúdam entrada da Aston Martin no WEC
A Fórmula 1 já foi considerada a maior competição automobilística do mundo, seja pelo nível tecnológico ou a quantidade de equipes. Por mais que seja um grande evento midiático, a disputa está longe de ser algo frequente. E não estou falando da era Max Verstappen.
Por outro lado, o Mundial de Endurance e a IMSA estão atraindo cada vez mais fabricantes por conta de regulamentos competitivos e custos controlados. Com o anúncio da Aston Martin e o seu Hypercar Valkyrie, os adversários ao invés de criticarem a estrada de mais um fabricante, deram boas-vindas.
“Estou muito entusiasmado”, disse o presidente de Desenvolvimento de Desempenho da Honda, David Salters.
“Quanto mais melhor. Novamente, é entretenimento. Estamos aqui para promover nossas marcas e desenvolver nossos engenheiros e, o mais importante, entreter os fãs que vêm e têm algo emocionante de assistir”, disse,
“Então eu acho que mais carros, ou mais fabricantes de alto nível definitivamente ajudam nisso. Estou muito emocionado em ver esse anúncio e ver a Lamborghini chegar no próximo ano”, enfatizou.
Convergência trouxe de volta a Aston Martin
Além disso, o dirigente da Honda destaca um fator importante que atraiu diversos fabricantes, a convergência entre o WEC e a IMSA.
“É por isso que todos nós nos sentamos em reuniões durante vários anos e tentamos fazer com que isso acontecesse”, disse ele. “Acho que está caminhando na direção certa. Então, sim, acho que é exatamente isso que estamos procurando.”
Notavelmente, embora o WEC tenha recebido carros de ambos os conjuntos de regras técnicas pela primeira vez nesta temporada, a categoria principal da IMSA até agora consistiu apenas em máquinas com especificação LMDh.
Urs Kuratle, diretor de fábrica da Porsche LMDh, destacou que “questões ainda precisam ser respondidas” em relação ao equilíbrio exato entre LMDh e LMH antes do Valkyrie chegar ao Campeonato WeatherTech.
“Como David diz, quanto mais fabricantes, melhor é porque estamos fazendo isso pelos fãs e pelo show”, disse Kuratle. “Uma coisa que precisa ser esclarecida, mas sei que as pessoas estão trabalhando nisso, é a convergência entre LMH e LMDh.
“Nesta área, há muitas questões que ainda precisam ser respondidas. Mas, como eu disse, as pessoas estão trabalhando nisso e estão confiantes em encontrar uma solução.”
Diretor da GM relembra a “época de ouro da classe GTP”
O diretor de engenharia de competição de esportes motorizados da GM, Mark Stielow, disse que o anúncio em torno da chegada de novos fabricantes traz de volta imagens da era GTP original das décadas de 1980 e 90.
“Tive a sorte de estar na classe GTP naquela época no início da minha carreira”, disse Stielow. “Agora, a empolgação com a chegada de mais fabricantes e observar as coisas através das pessoas na imprensa, como se todos estivessem entusiasmados com isso”, explicou.
“Eles querem ver os carros novos. Eles querem nos ver, os fabricantes chegando, batendo uns nos outros, correndo todas as semanas. E as corridas são ótimas. Os carros estão provando ser duráveis e muito competitivos entre si. Portanto, são corridas muito emocionantes”.
“É um apogeu agora. É um momento divertido para estar novamente nas corridas de endurance”, comemora.
Por fim, quando questionado sobre sua opinião, o líder do projeto LMDh da BMW, Maurizio Leschiutta, proclamou que não tinha “nada a acrescentar” às observações feitas pelas outras partes, também apoiando os planos da Aston Martin.