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Endurance tratado a sério!
Qual a diferença entre testes privados e abertos?

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Ao contrário da Fórmula 1 que limita a quantidade de testes durante o ano visando a economia e principalmente a competitividade, no Endurance as coisas são bem mais complexas.

A resposta da pergunta pode até parecer óbvia mas o assunto é bem mais completo segundo as equipes. Qual a real diferença entre testes privados e coletivos?

Em uma equipe de Endurnance a resistência é o principal fator que determina a vitória em uma prova de longa duração. Se os testes fossem controlados como na F1, dificilmente um carro novo chegaria ao final de uma prova de 6, 12 e 24 horas. Se mesmo com uma quilometragem elevada muitos quebram pelo caminho, quem dirá sem uma boa bateria de testes.

O regulamento do Mundial de Endurance esbatelece algumas regras que as equipes devem seguir para realizar tais testes. Toda equipe deve informar a ACO e a direção do WEC, os dias, local, número de carros e a numeração dos chassis previamente.

Passado o “cadastramento” as equipes podem escolher entre treinos privados ou abertos. Os considerados abertos devem envolver no mínimo 2 equipes, sendo que a primeira que propôs, informar a direção do WEC sua intenção, a direção do Mundial anuncia o local para as demais equipes que podem ou não participar. Todos os custos de aluguel, e organização serão de responsabilidade da primeira equipe que decidiu testar.

A equipe que “lançou” a idéia não pode negar ou escolher com qual equipe deseja dividir a pista. Já os testes fechados são exclusivamente de uma determinada equipe que deve deixar claro suas intenções. Exemplos não faltam. No começo do mês de Fevereiro a Audi, como é de costume treinou em Sebring nos EUA, ao lado da Nissan e ESM. A Porsche por outro lado testou sozinha em Aragon na Espanha e no Bahrain.

Existem exceções, como usar os carros para eventos publicitários, ou eventos de mídia, e que devem ser informados a direção do WEC. No caso das equipes de fábrica da classe LMP1, os testes fechados são limitados a 10 carros/dia para as equipes que já tem 1 ano de campeonato e de 20 dias para as novatas no caso a Nissan. Nestes testes a quilometragem é livre. Os mesmos devem ser informados com 30 dias de antecedência. Para eventos abertos a conta é de 10 carros/dia avisados com antecedência, além e respeitar 90 dias, caso tenha realizado um teste fechado.

Na classe LMP2, aonde competem apenas equipes particulares as regras mudam um pouco. Cabe ao fabricante do carro desenvolver e testar os modelos antes de ofertar para possíveis clientes. Assim 5 carros/dia podem executar testes privados e 10 carros/dia podem correr em testes abertos. Os testes devem ser anunciados com 30 dias de antecedência.

Já as classes GTE-PRO e GTE-AM, são menos restritivas. Os testes privados e abertos são limitados a 10 carros/dia. A única restrição é anunciar com 30 dias de antecedência.  Os testes oficiais em Paul Ricard, organizados pelo WEC contam como testes abertos para as equipes.

Além destas possibilidades os testes oficiais para Le Mans também são considerados abertos, bem como o ensaio no dia 2 de Julho no circuito Bugatti para os pilotos que nunca competiram em Sarthe, que são obrigatórios.

Os testes não podem ocorrer 30 dias antes de um circuito que faça parte do calendário do WEC. A Porsche teve a permissão de testar no Bahrain, visto que foi realizada no “inverno” Europeu.

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