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Endurance tratado a sério!
Jean-Éric Vergne afirma que experiência em LMP2 foi crucial para pilotar para a Peugeot
(Foto: Divulgação)

O piloto Jean-Éric Vergne afirma que o motivo de ter escolhido como piloto da Peugeot, no Mundial de Endurance, se deu pelo “investimento” que fez na classe LMP2. 

Competindo com protótipos LMP2 desde 2017, ele passou para a classe LMP1 pilotando o protótipo da Toyota em 2016. Vergne disse em entrevista ao site Motosport.com, que o início da nova fase sequer recebeu salário. Em 2017 trocou a equipe Manor por uma vaga na G-Drive Racing. A troca lhe garantiu quatro vitórias no European Le Mans Series e uma vitória na classe no WEC em Spa em 2018.

Recomeço complicado

“Quando saí da F1, fiz um teste para a Toyota”, disse Vergne. “Acho que quando fiz este teste, na minha cabeça, não estava muito forte mentalmente e simplesmente não estava no lugar certo na hora certa”. 

“Então não aconteceu, a Toyota não me contratou. Fiquei sem pilotar; ainda tinha a Fórmula E, mas para mim foi igualmente importante poder fazer Le Mans, sempre foi um sonho”.

“Pedi ao meu empresário Julian Jakobi para chamar absolutamente todo mundo da classe LMP2. Eu queria ficar nos protótipos, não queria ir para a GT, porque acho que depois disso é difícil voltar aos protótipos”. 

Equipe russa foi o recomeço do piloto. (Foto: G-Drive)

“Ele me disse: ‘Olha, não é a melhor equipe, não é a melhor direção, mas a oportunidade de dirigir na Manor’. Eu disse, ‘OK, perfeito”. 

“Foi difícil: a equipe não tinha dinheiro, não funcionou bem. Tínhamos um companheiro de equipe, Tor Graves que estava se divertindo, mas estava extremamente longe em termos de tempo de volta, então eu sabia que não tinha chance de obter um resultado”. 

“Acima de tudo, não foi uma viagem paga, tive que pagar tudo como hotéis, viagens, voos … mas vi como um investimento. Naquele ano, acho que foi em Fuji, conheci Roman Rusinov. Jantamos e fizemos um teste para sua equipe G-Drive no final do ano e foi muito bem. Aprendi muito com essa equipe”. 

“Não foi fácil pensar que estava fora da F1 e a Toyota não me queria. Cheguei ao fundo do poço e precisava ficar calmo para me recuperar”. 

Novo começo com a Peugeot

Jean agora é piloto oficial Peugeot. (Foto: Divulgação)

Vergne teve sucesso com a G-Drivre. A vitória em Le Mans escapou em 2018, quando foram desclassificados por problemas no sistema de abastecimento. O “drama” continuou em 2019 quando a equipe se atrasou por um problema elétrico nos pits. Em 2020 um problema elétrico e na suspensão restringiram o time ao quinto lugar no ano passado.

“Acho que a Peugeot – e todos os que observam as performances de perto – vêem a média temporária, as voltas de qualificação, eles podem realmente analisar como estou indo”. disse Vergne.

“Todos os anos me classifiquei entre os melhores pilotos da LMP2. No ano passado o desempenho foi muito bom, senti-me muito bem no carro. Tenho cada vez mais confiança, também gosto de conduzir em Le Mans e em todos os outros circuitos do ELMS e do WEC”, finalizou.