bongasat.com.br

Endurance tratado a sério!
GP de Imola de 1994 – O fim de semana mais negro da Fórmula 1

10328202_636934309727653_1595007436_o_thumb-25255B2-25255D

Há vinte anos, a Fórmula 1 vivenciou o fim de semana mais negro da sua história no qual Roland Ratzenberger e Ayrton Senna perderam suas vidas. Um estreante na F1 que, infelizmente, tornou-se “estatística” e o outro, tricampeão, transformou-se em uma lenda.

Muito se critica pelo fato da maioria das homenagens serem direcionadas apenas ao ídolo brasileiro, morto naquele Grande Prêmio de Imola para se esquecer. Hipocrisia? Talvez. Embora tivesse a mesma idade de Ayrton, Roland estava iniciando sua carreira na categoria máxima disputando uma vaga para correr sua segunda corrida consecutiva pela pequena equipe Simtek, porém no treino classificatório aconteceu tal tragédia. Infelizmente sua trajetória pela F1 foi marcada pelo seu fatal acidente, não pelo que ele fez durante o tempo de atividade, embora, é claro, não se justifique não homenageá-lo. Grande parte do sucesso alcançado pelo Austríaco foi em terras Japonesas ao pilotar o Toyota 89C-V no Campeonato Japonês de Esporte-Protótipos e vencendo uma corrida no Fuji Speedway além de disputar 5 vezes as 24 horas de Le Mans.

10328208_636934499727634_2070142205_o_thumb-25255B1-25255D

Enquanto o Austríaco engatinhava na F1, interrompida por aquele fim de semana trágico, o tricampeão Ayrton Senna estava no “fim” da sua carreira. Com 34 anos, 3 Mundiais de Pilotos, 41 vitórias entre outros números e chocado com a morte de Roland Ratzenberger no sábado, nunca se havia visto um “Ayrton Senna” tão diferente como no dia da corrida. Muitos acreditavam que ele pressentia o que lhe iria acontecer naquele Primeiro de Maio. Durante a sétima volta do GP de Imola, Senna bateu forte na curva Tamburello a 200km/h e sofreu um grave dano cerebral. Sid Watkins, médico-chefe da Fórmula 1, relatou o momento em que prestou os primeiros socorros ao piloto brasileiro: Ele estava sereno. Eu levantei suas pálpebras e estava claro, por suas pupilas, que ele teve um ferimento maciço no cérebro. Nós o tiramos do cockpit e o pusemos no chão. Embora eu seja totalmente agnóstico, eu senti sua alma partir nesse momento.

O “Primeiro de Maio” será sempre marcado pela morte do maior piloto de todos os tempos da Fórmula 1, mas Ayrton Senna será sempre lembrado, para os brasileiros, como aquele que levou o nome do Brasil para o mundo através das pistas. Para os amantes do automobilismo, como um gênio na arte de pilotar um carro de corrida. Quando se fala em Senna, o GP de Mônaco de 1984, o GP de Portugal de 1985, o GP do Brasil de 1991, o qual venceu com o seu carro tendo apenas a sexta marcha, a primeira melhor volta da história no GP da Europa de 1993 e a pole position do GP da Austrália de 1993 são alguns dos “feitos” que se vem na cabeça. Além dos grandes duelos com Alain Prost.

10317016_636934519727632_394890198_o_thumb-25255B1-25255D

Ayrton Senna morreu e deixou vários legados. O piloto marcado pela determinação e força de vontade de vencer na vida através do que mais amava fazer. Cada vitória nas pistas era a sua vitória na vida. O ser humano notado pelo desejo de melhor o seu país através da educação. Eis que surge o maior de todas as suas heranças: o Instituto Ayrton Senna, com a finalidade de criar oportunidades para as crianças através da educação. Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos começar, por meio da educação” disse, uma vez, o Tricampeão. Talvez nunca teremos um Senna nas pistas, mas se todas as pessoas fossem um pouco do que o Ayrton foi, o mundo seria melhor.

Por Matheus Brandão.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.