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Endurance tratado a sério!

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Minardi a mais querida das “pequenas”

Com o anuncio da volta da Lotus para o circo, a desistência da BMW e o surgimento das novas equipes me vem em mente um comentário de Luca di Montezemolo no auge da crise da FOTA com a FIA. Na época o dirigente ferrarista havia dito que com a inclusão de novas equipes a F1 seria uma “GP2”.

Na época Montezemolo foi tachado de arrogante e muitos outros adjetivos. Porém se olharmos de um outro jeito podemos entender um pouco mais o motivo dessas declarações. A F1 nas últimas décadas teve 3 equipes “grandes” Ferrari, McLarem e Williams. Mesmo com seus altos e baixos todo piloto sonha em correr em uma delas pelo menos. Nesse meio tempo apareceu Benetton que virou Renault, Toyota, Honda que virou Brawn GP, BMW que está deixando a categoria e inúmeras equipes que surgiram de devaneios e sonhos de jovens empreendedores mas que acabaram sucumbindo ou pela falta de resultados (grande maioria) ou o principal motivo a falta de dinheiro.

E o que esperar da nova Lotus, Campos GP, Manor F1 Team USF1. A história conta que amadorismo não tem vez na F1. Das 4 equipes confirmadas 2 já tem um história de vitórias em categorias de base.

A Campos GP que teve seus trabalhos iniciados em 1998 por um ex-piloto de F1 Adrian Campos teve sucesso na F3 e foi campeão da GP2 em 2008. Leva a vantagem de conhecer a F1 e como se administra um equipe. Mesmo que não seja um time multi-milionário o gerenciamento de uma equipe de F1 e uma de F2 por exemplo é basicamente o mesmo.

A Manor F1 Team começou sua vida em 1990 pelas mãos do também ex-piloto John Booth. Desde então teve ótimos resultados como 171 vitórias e 19 títulos na F Renault e F 3.

Estas equipes que já tem um fundamento no automobilismo de forma alguma deve trilhar o caminho que a BAR que fez na sua estréia em 1999 com os pilotos Jacques Villeneuve e Ricardo Zonta. Causou polemica quando na estréia apresentou seus carros com cores diferentes. FIA não gostou e mandou a pintura ser padronizada. Em suas declarações os chefes da equipe prometiam vitórias já na primeira temporada. Disputou 118 corridas e os resultados mais expressivo foram 2 poles. O Caso da BAR não é um fato isolado. Dinheiro não era problema porem a gestão da equipe não avançou e a equipe foi vendida para a Honda que seguiu a mesma trajetória e fechou as portas.

Caso parecido teve a Jaguar que virou RBR e está fazendo um ótimo trabalho nos últimos anos culminando com a disputa pelo título desde ano. Talvez o receio de muita gente é o fato da BAR, Jaguar e a nova Team USF1 terem como donos pessoas dos Estados Unidos que tentaram a sorte na Europa com a arrogância peculiar de americano somado a total falta de conhecimento do automobilismo europeu. É esperar para ver.

Talvez o único caso de equipe pequena que mesmo não tendo feito absolutamente nada na F1 e mesmo assim era adorada  por todos foi a equipe Minardi. O time esteve presente 20 anos na F1 de 1985 a 2005. Nunca ganhou um GP ou conquistou uma pole mais era adorado por todos pela bravura e determinação, principalmente dos mecânicos que muitas vezes não recebiam seus salários em dia e mesmo assim não desistiram de tentar um melhor resultado do que as últimas posições do GRID. Vários brasileiros correm pela equipe como Roberto Pupo Moreno, Christian Fittipaldi, Tarso Marques.

Claro que os tempos eram outros mais Enzo Ferrari fundou sua equipe e lutou de igual para igual com equipes “ de fábrica” como Alfa Romeu, e Mercedes nos primórdios do automobilismo. Mesmo os tempos sendo outros uma coisa não mudou… O conhecimento e o entendimento quando o assunto é F1. Que venha 2010 e assim teremos certeza se os novos times farão sucesso ou ficarem como meros expectadores.

1 comentário em “F1 e as novas equipes.

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