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Endurance tratado a sério!
Equipes divididas com mudança de BoP da classe GTE-PRO para Le Mans
Porsche foi o fabricante que não teve qualquer alteração. (Foto: FIAWEC)
Porsche foi o fabricante que não teve qualquer alteração. (Foto: FIAWEC)

Mudanças repentinas em regulamentos atrapalham bem mais do que ajudam. A decisão da ACO de alterar o BoP da classe GTE-PRO, por conta do desempenho de Ford e Ferrari acima dos concorrentes pegou todo mundo de surpresa.

O modelo americano terá uma acréscimo de 10 kg em seu peso mínimo, enquanto a Ferrari foi mais punida com 15 kg. O Ford GT também teve um redução na potencia de seus motores turbo. Com a Ford tomando as duas primeiras posições da classe, é evidente que os dirigentes não gostaram nada de mudanças tão em cima da corrida.

Estamos desapontados que o nosso forte desempenho na qualificação resultou em uma ligeira mudança no BoP”, disse Raj Nair, vice-presidente executivo da Ford ao site Sportscar365. “Mas estamos determinados a trabalhar com isso, superar isso na corrida.”

Os Ford foram cerca de 2,5 km/h mais rápidos do que os Aston Martin Vantage GTE durante os treinos. “A velocidade máxima é o que conta para eles”, disse Nair. “Vamos trabalhar por isso.”

“Nós ainda temos um carro forte e uma equipe forte. Em 24 horas, nosso carro será posto a prova. Vamos montar uma boa estratégia e vamos correr.”

Por conta das mudanças, a Corvette e Aston Martin foram as equipes que mais se beneficiaram. Ambos os carros ficaram com os restritores de ar 0,2 milímetros maiores. “Certamente é um bom presságio para a corrida”, disse o gestor do programa motorsports  da Corvette, Ferran Told. “Obviamente, isso vai nos ajudar um pouco em relação aos nossos adversários.”

“Eles têm uma equipe técnica muito competente que eu sei que trabalhou durante toda a noite para tentar equalizar tudo.”

Mesmo com o benefício, o trabalho na equipe será grande para deixar o carro corretamente configurado para a prova. “Temos 29.0mm restritores”, disse Fehan. “Isso vai apresentar um desafio formidável para nós, para tentar preparar tudo.”

Pelos lados da Aston Martin, o diretor John Gaw foi mais comedido sobre a mudança técnica: “Eu não sou engenheiro e eu não entendo todas as matemática por trás disso”, disse Gaw. “Se é certo ou errado, quem sabe, a história dirá … Mas cada carro que entrar na corrida precisa ter uma boa chance de vencer desde o início, todo mundo quer isso.”

“Ninguém quer ganhar por padrão ou porque eles tinham algo a mais do que seu concorrente.”

O diretor técnico da Risi Competizione, Rick Mayer, acredita que o aumento de 15kg na sua Ferrari pode impactar nos resultados. “Quinze quilos vai doer, mas não é como quebrar a perna, é como se você quebrou um dedo.” Disse. “Isso definitivamente vai nos atrasar, não há dúvida. Eu teria sido mais felizes com 10 quilos, se quisessem fazer alguma coisa. Mas estamos ok.”

“A verdadeira questão é o que temos que ver qual será o ritmo de corrida, e não basear tudo isso em apenas uma volta de classificação.”

A Porsche, única equipe a não ter qualquer alteração. O chefe do programa motorsports da marca, Dr. Frank-Steffen Walliser,  estava visivelmente chateado com a falta de uma mudança, só tinha uma coisa a dizer. “É uma decisão da FIA, temos que respeitar.”

 

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