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Endurance tratado a sério!
Em corrida difícil, Porsche vence as 6 horas do México
Chuva e punição. Nada disso tirou a vitória do 919 #1. (Foto: Porsche AG)
Chuva e punição. Nada disso tirou a vitória do 919 #1. (Foto: Porsche AG)

Uma verdadeira prova de endurance. Assim podemos classificar as 6 horas do México, que foram disputadas na tarde deste sábado no Autódromo Hermanos Rodriguez.

A vitória do Porsche #1 do trio formado por Mark Webber, Timo Bernhard e Brendon Hartley foi sob muitas adversidades. Ocorreu de tudo. Pista seca, molhada e um desempenho superior da equipe Audi. É sabido que em pisos mais molhados o R18 se sobressai em cima do 919 Hybrid. A grande reta era o único ponto em que o Porsche conseguia abrir uma boa vantagem, com pista seca.

Quando a chuva começou a apertar a pilotagem agressiva, aliado ao bom trabalho dos pilotos da equipe Audi, se mostrou melhor. Infelizmente em uma prova de 6 horas nem tudo é como as equipes gostariam.

Resultado final.

Ainda na largada os dois R18 tomaram a ponta, e abriram uma vantagem nunca vista em cima dos Porsche. Com a pista apresentando trechos secos e molhados a equipe conseguiu se manter à frente com o #7 do trio Marcel Fassler, André Lotterer e Benoit Tréluyer. Em segundo o Audi #8 de Lucas di Grassi, Lois Duval e Oliver Jarvis. Vale ressaltar o ótimo trabalho do brasileiro.

Para os lados da Porsche o #1 era o melhor. O #2 dos pilotos Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb não se encontraram neste final de semana. A diferença de Timo Bernhard com o Porsche #1 quando cruzou a linha de chegada, após 6 horas foi de 1 minuto e 1 segundo, à frente do Audi #7 pilotado de forma espetacular por André Lotterer. A prova terminou com chuva o que ajudou a Audi a recuperar terreno.

A vitória do Porsche #1, não foi fácil. O 919 recebeu uma punição no começo da prova por ter entrado nos pits e saindo no último segundo. Após a punição, Bernhard fez um bom trabalho com os pneus intermediários, recuperando o tempo perdido. Pelos lados da Audi, o #7 também perdeu tempo. Ficou mais de 30 segundos, após ter problemas nos freios.

Andreas Seidl, chefe da equipe Porsche comemora: ” Foi uma corrida difícil. Todos os três fabricantes foram ao pódio. Nós conseguimos aumentar a nossa liderança em ambos os campeonatos, o que significa mais um passo no caminho para vencer os dois títulos do Campeonato do Mundo. Parabéns a toda a equipe que enfrentou um fim de semana desafiador. Hoje foi difícil conseguir tomar as decisões certas. O carro #1, funcionou perfeitamente e eles mereceram ganhar a corrida. Para o #2, nossa estratégia não deu certo nas condições meteorológicas. Além disso, tivemos um incidente quando um carro LMP2 tocou a traseira do LMP. Depois, focado em trazer buscar pontos. Provamos que nosso carro pode vencer uma corrida difícil como esta. Isso nos deixa confiantes para as demais etapas do Mundial.”

RGR Sports, vence na classe LMP2. (Foto: Adernalmedia)
RGR Sports, vence na classe LMP2. (Foto: Adernalmedia)

Com o término da prova, Bernhard e a chuva apertando teve que fazer uma nova parada para troca de pneus. Além do tempo perdido, acabou batendo em uma das barreiras de pneus do circuito, faltando 6 minutos para o fim da prova.

Esta foi a segunda vitória do #1 que vai ampliando ainda mais a vantagem da Porsche no mundial de construtores. O #7 de Lotterer e Marcel Fassler, novamente sem Benoit Treluyer, ficou em segundo lugar, depois de enfrentar problemas de aderência inicial e ficar sem combustível na terceira hora, e perder um tempo considerável durante um período ode FCY.

Em terceiro, Stephane Sarrazin, Mike Conway e Kamui Kobayashi com o Toyota #6. O LMP que bateu forte nos treinos de quinta. Romain Dumas levou o Porsche # 2 para um quarto lugar depois de perder desempenho de uma escolha errada de pneus no primeiro período de chuva. Também perdeu tempo depois de receber um toque de um dos carros da Alpine da classe LMP2.

O Audi #8 que largou na frente, fez uma prova complicada. Tudo começou na quarta hora quando Oliver Jarvis perdeu o controle por conta de problemas nos freios. De volta a pista, após 30 minutos nos boxes, não teve o mesmo rendimento, voltando por diversas vezes para reparos. Acabou na 27º posição no geral. O segundo carro da Toyota abandonou por problemas no sistema híbrido.

“Foi uma pena essa corrida aqui do México”, lamentou Lucas di GRassi. “Depois de uma excelente classificação com a pole, lideramos as primeiras duas horas de prova. Conseguimos abrir 15 segundos na liderança na parte inicial, e depois teve uma briga bem legal com o Mark Webber”, descreveu Lucas, que agora soma 77,5 pontos na terceira posição, a 44 dos líderes e a 2,5 pontos dos vice-líderes, faltando quatro corridas para o final da temporada.

“Entreguei o carro na primeira posição, e depois disso as coisas começaram a andar para trás. Saio do México bastante frustrado – e não é a primeira vez – por ter tido a chance de vencer e ter de abdicar disso em função de problemas com o carro. Ficamos devendo para o ano que vem”, analisou.

A Rebellion Racing venceu a prova na classe LMP1 privada com uma corrida particular com o #4 da By Kolles, que passou um bom tempo na garagem enfrentando problemas de motor. Dominik Kraihamer, Alexandre Imperatori e Mathaeo Tuscher terminou em 5º no geral.

Aston Martin volta a vencer. (Foto: Adernalmedia)
Aston Martin volta a vencer. (Foto: Adernalmedia)

Na classe LMP2 a RGR Sport venceu com o trio formado por Ricardo Gonzalez, Bruno Senna e Filipe Albuquerque. A vitória veio depois de uma boa briga com Nicolas Lapierre com o Signatech Alpine #36. Os dois carros optaram por pneus de pista seca, quando o traçado ainda estava molhado.

“Fizemos barba, cabelo e bigode”, comemorou Bruno Senna ao descer do pódio em meio à comemoração da torcida mexicana. “Estamos muito felizes por vencer a corrida de casa e ver toda a alegria dessa gente. Mas as últimas voltas foram um sofrimento, todos no boxe com os olhos grudados na TV”, acrescentou.

Vale destacar os bons pegas que ocorreram na classe. A liderança foi alterada diversas vezes com o Oreca 05 #26 da equipe G-Drive racing. Sempre favoritos, o #26 chegou na quarta colocação, após um princípio de incêndio nos freios. Por conta disso perderam 35 minutos nos boxes para reparos.

Nicolas Lapierre que estava no Alpine #36, sofreu uma punição por conta de um toque. Mesmo assim o #36 ficou na segunda posição. O #31 da equipe ESM fechou o pódio com Pipo Derani, Ryan Dalziel e Chris Cumming. A prova também não foi fácil para o trio. Pipo Derani chegou a bater o carro contra a barreira de pneus.

A Aston Martin venceu na classe GTE-PRO. Darren Turner e Richie Stanaway levaram o #97 ao primeiro lugar do pódio. Foi uma vitória dominante. A equipe chegou a ter os seus dos carros nas primeiras posições.

Nicki Thiim foi o líder no início da prova com o Aston #95. Ele dividiu o Vantage V12 com Marco Sorensen. Faltando duas horas para o fim, acabou se envolvendo em um acidente, termindo na terceira posição.

Chegada apertada na classe GTE-AM com Porsche vencendo e Ferrari na segunda colocação. (Foto: Adernalmedia)
Chegada apertada na classe GTE-AM com Porsche vencendo e Ferrari na segunda colocação. (Foto: Adernalmedia)

A partir daí o #97 assumiu a liderança, mesmo tendo a Ferrari #51 da AF Corse dos pilotos Gianmaria Bruni e James Calado, diminuindo a diferença. Esta foi a primeira vitória do time inglês desde as 6 horas de SPA de 2015.

Em quarto chegou a outra Ferrari da AF Corse, pilotada por Davide Rigon e Sam Bird. Em quinto o Ford #67. Já o Ford #66 terminou em último na classe, após vários problemas durante a prova.

Na classe GTE-AM, a vitória ficou com o Porsche #88 da Abu Dhabi Proton Racing. Foi a primeira vitória na temporada. Khaled Al Qubaisi, David Heinemeier Hansson e Patrick Long, tiveram uma boa briga com as equipes AF Corse com o #83 que ficou na segunda posição, e o Porsche #78 da KCMG que terminou em terceiro. Em quarto o 911 RSR #86 da Gulf Racing.

O Aston Martin #98 e o Corvette #50, não completaram a prova. A próxima etapa, acontece no circuito de COTA no Texas entre os dias 16 e 17 de setembro.

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