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Endurance tratado a sério!
Altitude será o maior desafio, aponta Lucas di Grassi para as 6 Horas do México
(Foto: Audi Sport)
(Foto: Audi Sport)

O Mundial de Endurance da FIA chega à quinta etapa da temporada, de um total de nove, encarando um desafio a mais para pilotos, equipes, e principalmente as máquinas: a altitude da Cidade do México, que recebe a categoria pela primeira vez em sua história. A prova, de seis horas de duração, acontece neste sábado (3) com largada às 15h30 (de Brasília) e transmissão ao vivo do canal Fox Sports 2.

O desafio consiste basicamente na altitude da capital mexicana, situada a 2.250 metros em relação ao nível do mar. Com ar rarefeito, os carros de motor aspirado têm perda de potência; os turbo-alimentados, como o Audi R18 do brasileiro Lucas di Grassi, não sofrem com este efeito, mas sofrem com a refrigeração e também na questão aerodinâmica.

“Nossos técnicos e engenheiros têm trabalhado bastante nesta questão porque o ar é entre 25 e 30% mais ‘fino’”, aponta Lucas, segundo colocado na tabela de classificação da temporada. O brasileiro, que corre ao lado do francês Loïc Duval e do britânico Oliver Jarvis, já tem uma vitória e dois pódios em 2016. “A aerodinâmica e o resfriamento do motor são as áreas mais afetadas pela altitude. Além disso, a corrida vai ser fisicamente mais difícil para os pilotos também, pelo mesmo motivo”, disse.

A máquina da Audi é movida por um motor V6 4.0 biturbo movido a diesel com injeção direta TDI, que coloca tração nas rodas traseiras, ajudado por um sistema elétrico que gera potência para os pneus dianteiros. Os dois componentes, somados, geram cerca de mil cavalos de potência, fazendo os carros alcançarem velocidades superiores aos 340 km/h.

“Na parte aerodinâmica, como o ar é mais fino, ele oferece menor resistência. Por isso, nas retas alcançaremos velocidades superiores aos 300 km/h”, aponta Di Grassi. “Por outro lado, temos de usar uma configuração que gere bastante downforce para a estabilidade em curvas”, explicou.

“Além disso”, continua o piloto de 32 anos, “o motor turbo não irá sofrer com falta de potência como os motores aspirados por dois motivos: o primeiro é que temos o sistema híbrido que também gera potência; o segundo é que o compressor trabalha em um regime de giros mais alto, o que requer melhor refrigeração, por isso os técnicos instalaram adaptações para resolver esta questão”, detalhou.

Esta será a primeira vez de Lucas correndo no traçado de 4,3 quilômetros do Autódromo Hermanos Rodríguez; em março deste ano, o piloto competiu na capital mexicana em etapa da Fórmula E, mas em circuito com configuração distinta.

“Temos um bom conjunto aqui. Esta prova vai ser extremamente desgastante para pilotos e carros, o que faz do FIA WEC um verdadeiro campeonato de resistência. Estamos prontos, e estamos confiantes em um bom resultado para diminuirmos a diferença que nos separa dos líderes”, concluiu Di Grassi, que soma 73 pontos, 36 a menos que o trio da Porsche.

As 6 Horas do México terão transmissão ao vivo na íntegra a partir das 15h30 pelo canal Fox Sports 2.

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