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Endurance tratado a sério!

restricoes
O jornalista do canal Speed americano John Dagys por meio do seu twitter revelou pormenores das “restrições” que a ACO vai impor no carros para Le Mans este ano.

Para entender temos que voltar um pouco no tempo. Desde 2006 quando a Audi lançou seu R10 a Diesel todos os carros que venceram as 24 horas ou ALMS ou LMS foram movidos a Diesel. Claro que há exceções porém em um prova normal não teve para ninguém. Com seu menor consumo e maior potencia os carros seja da Audi quanto da Peugeot nunca tiveram um adversário a altura. Nas provas realizadas este ano o único movido a gasolina que ganhou foi o Pescarolo equipado com um V10 Judd. Claro que a equipe teve seus méritos mas só teve a chance de vencer por o único modelo a diesel na competição o 908 da equipe Oreca com problemas na suspensão não teve tempo de reagir.

Esta sempre foi a grande reclamação por parte das outras equipes. Quando a Aston Martin resolveu voltar de forma oficial para o endurance causou espanto por optar por um motor a gasolina já que as outras equipes “oficiais” são movidas a Diesel. Nas provas do ano passado aonde Audi e Peugeot não estavam presentes a luta pela vitória foi intensa e por mais que seja interessante ver os dois fabricantes disputando as primeiras posições se criou uma expectativa de qual equipe teria o primeiro lugar entre os movidos a gasolina.

Esta ”vitória” está com os dias contados, ou pelo menos é o que espera a ACO com mais um pacote de medidas para evitar um domínio tanto da Audi quanto da Peugeot.

O novo pacote da uma ajuda para as equipes não oficias começando pela LMP1 que desde o ano passado recebeu mais equipes por conta da ILMC e é o cartão de visitas da ACO para novos mercados e equipes. Os protótipos movidos a gasolina poderão optar por um restritor maior possibilitando um maior fluxo de ar para os motores e consequentemente mais potencia. Outra opção dada é os carros competirem com 10 kg de lastro a menos o que vai gerar uma maior economia de combustível já que o motor não terá este peso exta para empurrar. Caso a equipe escolha uma das duas opções não pode voltar atrás.

Este ajusta vai beneficiar (pelo menos é o que se espera) das melhores equipes não diesel da classe como Rebellion, Pescarolo e Aston Martin. Entre estas três sem dúvida a Pescarolo leva vantagem pelo V10. Pode se dizer que os AMR da Kronos que é equipado com um V12 porém a equipe foi pega de surpresa e se preparar para uma prova longa é sempre um desafio. Por outro lado a Rebellion com seus V8 e o suporte da Toyota já mostraram tanto em Paul Ricard quanto em SPA que podem chegar lá sim basta os movidos a Diesel quebrarem…
Por outro lado os movidos a Diesel modelos 2011 irão ganhar um restritor maior. Restritor que já foi encolhido no começo do ano mas que se revelou um tiro no escuro já que a potencia e velocidade final dos carros aumentaram em comparação a 2010. O 908 da Oreca vai ter um redução de peso na ordem de 15kg.

Na classe P2 que tem se mostrado bem competitiva pelo menos na LMS as mudanças ocorrem para as equipes com motores BMW montados pela Judd. Estas equipes vão receber um restrior maior se igualando aos carros com motor Honda V6 Bi-turbo. Neste senário equipes com motor Judd como OAK Racing, e com motor Honda como RML e Strakka podem fazer frente as favoritas equipadas com motores Nissan. Mesmo vencendo sua primeira prova em SPA se sairão muito bem nos testes em Le Mans e na primeira corrida em Paul Ricard.

Entre os GTs alterações individuais para tentar quebrar o domínio Ferrari-Porsche. O recém chegado Lotus Evora teve uma redução de peso de 50kg e o aumento de 1,4mm no restritor de combustível. Medida um tanto quanto pelo menos para mim precipitada visto que o carro ainda é uma grande incógnita. Para o Aston Martin Vantage vai poder competir com um assoalho 10mm menor o que ajuda na aerodinâmica. Outro contemplado foi o Ford GT da Robertson Racing que teve o restritor aumentando de 28,1 para 29,3 mm mesma medida que a equipe usa na ALMS.

Se essas medidas vão contar pelo menos na P1 o domínio Audi-Peugeot não sabemos, o que a entidade quer evitar é uma possível debandada de equipes para outras categorias justo agora que com a criação da ILMC em média 9 fabricantes oficias estão investindo na categoria.

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